Para falar de internet na escola e inclusão, primeiro é preciso admitir que estamos longe de um cenário de igualdade de acessos no país.
Desigualdade Social no Brasil
Apesar de estar presente em todo mundo, esse contexto se agrava em alguns lugares devido à construção histórica de cada país. Ela faz parte das relações sociais e está muito interligada ao poder aquisitivo dos grupos sociais.
De acordo com dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o rendimento mensal dos 1% mais ricos da população é quase 34 vezes maior do que o rendimento da metade mais pobre do país.
Desigualdade Social na Educação
Com realidades tão discrepantes, não é difícil entender porque algumas crianças têm acesso à educação de ponta, bilíngue e enriquecida com tecnologia, enquanto outras crianças vão à escola porque é lá que encontram a única refeição do dia.
Enquanto escolas particulares incluem aulas de robótica e intercâmbios na grade curricular, escolas públicas enfrentam a falta de infraestrutura para oferecer o básico aos alunos, como banheiros funcionais e água potável nos bebedouros.
Internet nas escolas
Além desses problemas estruturais graves, grande parte das escolas não possui infraestrutura para oferecer internet de qualidade para fins educacionais. Segundo dados do Mapa da Conectividade na Educação de 2021, mais de 30 mil escolas brasileiras não têm acesso à internet nas salas de aula.
Por meio da conectividade, professores podem tornar as aulas mais dinâmicas e interessantes, introduzindo materiais atualizados, referências contemporâneas, materiais multimídia e jogos educativos. Sem isso, alunos de escolas menos estruturadas não conseguem avançar no mesmo ritmo de seus pares mais privilegiados.
Oportunidades
Tendo contextos tão desfavoráveis, crianças e adolescentes em regiões mais pobres do país quando crescem são expostas a um mercado de trabalho cheio de exigências que não conseguem atender. Enquanto isso, as melhores posições de trabalho são ocupadas por jovens de famílias afortunadas, perpetuando as desigualdades por gerações.
Quando programas sociais atingem a juventude mais necessitada, uma pequena porção dessas crianças e adolescentes consegue furar a lógica e ascender econômica e socialmente. Entretanto, esses programas não conseguem gerar a transformação na velocidade ou no volume necessário para erradicar essas diferenças.
Iniciativas da Sociedade Civil
Sabemos que a responsabilidade de fornecer educação para a sociedade é do Estado (Governo Federal, Estados e Municípios), mas as políticas públicas não alcançam a todos. Para suprir as falhas desse processo e atender acessibilizar uma educação mais conectada, as Organizações da Sociedade Civil promovem diversas iniciativas.
O Instituto Escola Conectada é uma delas. É uma ONG que foi inaugurada em 2020 com o objetivo de conectar Provedores Locais de Internet (ISPs) e instituições públicas de ensino para levar internet de alta velocidade a quem mais precisa. A ação não tem nenhum custo para as escolas e atende todo o território nacional.
Em apenas 3 anos de vida, o Escola Conectada já beneficiou mais de 60 mil alunos. Você quer fazer parte dessa transformação? Seja um disseminador! Escolas públicas e provedores podem se inscrever no site www.escolaconectada.org. Divulgue essa iniciativa!